Letters to my son

Neste mês da tua vida nem tudo foi um mar de rosas como tens lido nos textos anteriores.
No início das idas para a creche houve muitas noites sem dormir ou a acordar de 30 em 30 minutos. Muito se deveu a uma gastroenterite que fez as tuas defesas baixar e que te chateou imenso. Acabou por acontecer algumas noites de desespero para os teus pais, que não conseguiam deixar-te sem as chatices que estavas a passar.
Claro que com as defesas em baixo surgiu a primeira otite e a primeira constipação. E ainda de estar tudo bem curado surgiu uma nova otite. Várias semanas cheias de mimos bons para que ficasses bem. Muitas idas a médicos, hospitais e centros de saúde. E claro está, poucas idas à creche e muitos dias por casa com os pais…
Mas não te preocupes, nem tudo foi mau. Tiveste direito à visita dos avós dos Açores, que estiveram contigo quase duas semanas cheias de gargalhadas, mimos, risadas e pequenos gritinhos que tu mandavas quando estavas com eles. As caras de alegria das pessoas à tua volta quando tu lançavas aquele sorriso e aquela gargalhada já bastante sonora era qualquer coisa de magnífico.
Quem te via enquanto estavas doente não acreditava que a tua tosse, otite e constipação não estivesse já curada. A verdade é que tu sempre mostraste uma alegria e um divertimento puro mesmo enquanto estavas doente.
Como podes ver, meu herdeiro, este ano não foi assim tão fácil para todos, mas em especial para ti. No entanto cada gargalhada tua fazia com que cada momento e cada dia fosse sempre bom.

Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo.” by Confúcio

P.S. Este post já devia ter aparecido por aqui há uns dias atrás, mas as tradições natalícias não deixaram o pai deixar mais este texto para o seu herdeiro.