Letters to my son

O tempo passa mais depressa desde que tu chegaste. Ainda há pouco tempo estavas na barriga da tua mãe e agora já tens 8 meses de vida.
Uma vida tão intensa como foi este mês. As gargalhadas acompanhadas do esticar de braços para receber um abraços dos pais e para se aconchegar no ombro da forma como só tu sabes fazer, quase como se parece-se que aquele ombro se molda à tua forma de te enroscares. Os olhos a brilhar de alegria quando nos vês chegar a mim ou a tua mãe à creche ao final do dia é algo que muda por completo o ânimo que possa estar a fugir nesse dia.
Mais um mês com muito mimo e algum tempo em casa devido a “encomendas” que não ajudam à tua saúde. No entanto não foi por aí que não deixaste de aproveitar o Natal em casa com a família e passar de ano numa casa que tu “conhecias” enquanto estando na barriga da tua mãe. Ficares a conhecer o Pai Natal e receberes prendas das mãos dele enquanto olhavas para ele e achavas estranho toda a barba que ele tinha. O início de mais uma tradição de Natal, com direito a fotografias para marcar o estrear da mesma.
E teres direito a receberes o tio materno em tua casa e passares imenso tempo em gargalhadas e brincadeiras com ele. E passares o Ano Novo com ele, a bater tachos na rua enquanto se passava para 2019. A tua cara de curioso a tentar absorver tudo à tua volta sem nunca ter sono para dormir, contra a vontade dos próprios pais.
O regresso à creche e à normalidade do dia-a-dia, sempre com gargalhadas cada vez mais audíveis. E no fim, novamente, o divertimento e os mimos dos pais em casa ao final do dia, para que toda a tua vida seja feliz.

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.” by Friedrich Nietzsche