Por vezes existem notícias que nos espantam, seja pelo motivo que for. E a notícia que hoje encontrei é uma dessas. E não é tanto pela estória da notícia, mas sim pelas ideias que me ocorreram caso a mesma ocorresse em Portugal. Fica a publicação deixada pelo fundador de uma das maiores conferências que se realizam por cá.
Como podem ler pela notícia, no Japão os condutores dos autocarros decidiram fazer uma greve. No entanto, em vez de se recusarem a trabalhar, decidiram continuar a realizar o seu trabalho sem receber o pagamento dos passageiros que transportam.
Ao ler esta pequena informação ocorreu-me logo duas ideias sobre o porquê dos condutores japoneses terem decidido proceder desta forma: a primeira é que passaram a ter a opinião dos clientes do lado deles porque os transportes continuaram a funcionar; e depois tiveram um impacto maior na empresa onde trabalhavam porque para além de não receberem ainda gastaram combustível dos autocarros. Em Portugal já é bastante diferente. Na grande parte das greves a opinião dos clientes não é consensual, muito porque as pessoas vêem as suas vidas prejudicadas durante a greve e depois porque para a empresa não houve gastos por estar tudo parado.
No fim disto tudo a minha questão é apenas uma: será que a forma de fazer greves dos transportes públicos em Portugal faz algum efeito???
É verdade que estou a ver isto por um prisma bastante simplista, porque não estou a enquadrar o quadro legal do código laboral ou dos contratos de trabalho de cada um destes condutores. Mas mesmo assim, será que o impacto das greves na opinião dos clientes tende a pender mais facilmente para os trabalhadores de que forma de fazer greve? À moda do Japão ou à moda das restantes que vemos e presenciamos?